Área de 6 hectares será remediada e devolvida à natureza em condições próximas ao estado em que estava antes da interferência do homem. Processo de recuperação levará cerca de um ano e envolverá custo de R$ 1,2 milhão
Quarenta toneladas. Essa é a quantia de lixo doméstico e industrial que a Prefeitura irá deslocar na área do antigo lixão junto à RS 239 para permitir o processo de remediação do local que deverá ser reintegrado à natureza. O antigo depósito de resíduos, numa área de 6 hectares, foi utilizada pelo Município por cerca de sete anos (de 1985 a 1992), recebendo lixo doméstico e industrial e está desativado desde 1992, quando o Município passou a adotar a Usina, onde há uma Central Municipal de Tratamento de Resíduos Domésticos, no bairro Mônaco, que recebe uma média de 35 toneladas de lixo por dia. Ao total, a área em recuperação possui 51 mil metros quadrados e duas áreas de depósito de lixo denominadas Area 1 e Area 2, separadas pelo arroio Quatro Colônias. A remoção de 40 toneladas de lixo acumulado na Área 2 para a Área 1, vai permitir a centralização do tratamento destes resíduos de forma a transforma-los para que sejam absorvidos pela natureza. "Decidimos juntar o lixo todo numa área só e ali tratar tudo de uma vez", explica Gisela de Souza, diretora de Departamento de Meio Ambiente. O processo de remediação do lixão deve levar cerca de um ano ao custo total de cerca de R$ 1,2 milhão. "Nossa ideia é devolver o espaço o mais próximo do ambiente natural da mata, antes da interferência do homem”, destaca a coordenadora.
Depois de receber todo o lixo, a Àrea 1 será preparada com obras de drenagem para coleta dos efluentes líquidos percolados (chorume) e receberá dreno para os gases gerados pelos resíduos. Todo o chorume coletado pelas obras de drenagem será acumulado em uma bacia de acumulação, de 15 x 20 m e com 2 m de profundidade, onde será decantado. Depois do processo de decantação, será feito o processo de separação do líquido, que vai ser devolvido ao arroio. Já o lodo do fundo da bacia será encaminhado para uma empresa que dará o destino adequado a este. Na etapa final, programada para o próximo ano, será colocada uma cobertura de cerca de meio metro de argila compactada sobre a Área 1, tanto na parte superior como nas laterais, além de uma camada superior de cerca de 20 cm de solo orgânico. “Para finalizar, tanto a área 1 quanto a 2, passarão por um processo paisagístico, onde serão plantadas árvores nativas da região e um novo gramado, dando uma nova vista, muito mais verde, para aqueles que passam pela RS239”, explica Gisela. Atualmente a Área 2 possui 20 mil metros quadrados de área e dois metros de profundidade de lixo estocado, o que equivale a cerca de 40 toneladas de residuos depositados. Já a Área 1, que vai receber os resíduos da Área 2, possui 31 metros quadrados por seis metros de profundidade onde estão depositadas 124 toneladas de lixo.
Nesta primeira etapa, já foi promovida a remoção da vegetação sobre as duas áreas para a transposição do lixo. “Tivemos o cuidado de não remover a mata ciliar ao redor dos depósitos de lixo e de não interferir no arroio Quatro Colônias, que passa próximo do depósito. Além disso, fizemos o transplante dos jerivás, uma árvore típica da região, para a mata próxima”, ressalta Gisela. No momento está sendo feito o processo de transposição do lixo entre as duas áreas e, em seguida, deve iniciar o processo de drenagem da Área 1.(Ass.PMCB)
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